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Por que o mercado iniciou 2024 mais otimista que no ano passado — e por que isso é um risco

03 de Janeiro de 2024

Com informações da Exame Invest

O mercado iniciou 2024 com as melhores projeções para a economia brasileira desde 2021, ano que marcou a recuperação dos impactos da pandemia. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira, 2, o último colhido em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar 2024 em 1,52%, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a 3,90% e o dólar a R$ 5,00. No mesmo período de 2023, as projeções para o ano que se iniciava eram de PIB de 0,8%, IPCA de 5,31% e dólar a R$ 5,27. Na prática, todos indicadores terminaram 2023 bem melhores do que o esperado. O dólar fechou a R$ 4,85 e o consenso para PIB de 2023, que ainda será divulgado, é de 2,92% e para o IPCA, de 4,46%.

O que mudou?

O resultado acima do esperado da economia brasileira contribuiu para a dinâmica de preços no mercado doméstico, com o Ibovespa iniciando 2024 próximo de sua máxima histórica e o dólar vindo de sua maior queda anual desde 2016. Entre gestores, no início do ano passado, havia grande preocupação sobre a saúde fiscal durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em especial, com Fernando Haddad no ministério da Fazenda. De lá para cá, até os mais críticos admitiram haver surpresas positivas nesse processo.

O novo arcabouço fiscal, que ainda seria desenhado, saiu melhor que o esperado por investidores e houve avanço na reforma tributária. Ainda teve a cereja do bolo, que foi a melhora por agências de classificação de risco da nota de crédito do Brasil, mais próxima do grau de investimento.

O lado fiscal permanece como um dos principais pontos de atenção. Mas ao menos o juro da dívida tem diminuído, com o ciclo de cortes da taxa Selic iniciado pelo Banco Central. Já foram 2 pontos percentuais (p.p.) de queda desde o pico do último ciclo e, segundo o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, o ritmo de cortes de 0,50 p.p. continuará nas próximas decisões.

Os cortes de juros, ainda que leve tempo, tendem a aquecer a economia e, consequentemente, a inflação. Mas as projeções para o IPCA de 2024 estão dentro da banda de tolerância. Campos Neto, ao que tudo indica, deverá encerrar sua trajetória no Banco Central neste ano como o que por mais tempo exerceu o cargo de presidente da autarquia. O que será da nova gestão do Banco Central é um debate que, aos poucos, deve ganhar relevância em 2024. Mas ninguém espera mudanças bruscas no modus operandi.

Exterior favorável?

Quanto ao cenário internacional, o próprio Banco Central tem admitido melhora. A maior fonte de otimismo vem dos Estados Unidos, que deverá iniciar o ciclo de corte de juros ainda no primeiro trimestre deste ano. A grande expectativa é de que o Fed deixe a porta aberta para iniciar a queda de juros já no discurso da primeira decisão do ano, no fim deste mês.

Para a decisão seguinte, de março, o mercado já precifica mais de 70% de chance de o Fed iniciar os cortes de juros. Até o fim de 2024, investidores precificam uma probabilidade de mais de 70% de os juros americanos, hoje entre 5,25% e 5%, caírem para baixo de 4%. Tudo isso sem que os Estados Unidos necessitem passar por uma recessão. Alto nível de empregabilidade, com maior consumo de serviços (em vez de bens) após um longo período de restrição pela pandemia, tem ajudado o Fed a alcançar o tão sonhado "pouso suave", com controle da inflação desacompanhado da contração econômica.

Mesmo com os juros em alta no ano passado, os principais índices de Wall Street fecharam 2023 em forte alta. O S&P 500 subiu 23% e o Nasdaq, com maior participação de big techs, disparou 44%, turbinado pelos avanços da inteligência artificial.

As principais projeções do mercado indicam que novas altas aguardam investidores neste ano. Para 2024, o consenso da FactSet é de que o S&P 500 feche acima de 5.000, o que ainda reservaria cerca de 6% de alta, mais que o juro pago pelo Tesouro americano.

As previsões são ainda mais otimistas para o Ibovespa, com analistas prevendo que o índice feche 2024 entre 141.000 e 160.000 pontos. As estimativas indicam, logo na largada, um potencial de alta entre 5% e 19%. Mas se para este ano as projeções são melhores, são menores os espaços para surpresas positivas. E o mercado é movido a expectativa.

Com informações da Exame Invest

O mercado iniciou 2024 com as melhores projeções para a economia brasileira desde 2021, ano que marcou a recuperação dos impactos da pandemia. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira, 2, o último colhido em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar 2024 em 1,52%, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a 3,90% e o dólar a R$ 5,00. No mesmo período de 2023, as projeções para o ano que se iniciava eram de PIB de 0,8%, IPCA de 5,31% e dólar a R$ 5,27. Na prática, todos indicadores terminaram 2023 bem melhores do que o esperado. O dólar fechou a R$ 4,85 e o consenso para PIB de 2023, que ainda será divulgado, é de 2,92% e para o IPCA, de 4,46%.

O que mudou?

O resultado acima do esperado da economia brasileira contribuiu para a dinâmica de preços no mercado doméstico, com o Ibovespa iniciando 2024 próximo de sua máxima histórica e o dólar vindo de sua maior queda anual desde 2016. Entre gestores, no início do ano passado, havia grande preocupação sobre a saúde fiscal durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em especial, com Fernando Haddad no ministério da Fazenda. De lá para cá, até os mais críticos admitiram haver surpresas positivas nesse processo.

O novo arcabouço fiscal, que ainda seria desenhado, saiu melhor que o esperado por investidores e houve avanço na reforma tributária. Ainda teve a cereja do bolo, que foi a melhora por agências de classificação de risco da nota de crédito do Brasil, mais próxima do grau de investimento.

O lado fiscal permanece como um dos principais pontos de atenção. Mas ao menos o juro da dívida tem diminuído, com o ciclo de cortes da taxa Selic iniciado pelo Banco Central. Já foram 2 pontos percentuais (p.p.) de queda desde o pico do último ciclo e, segundo o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, o ritmo de cortes de 0,50 p.p. continuará nas próximas decisões.

Os cortes de juros, ainda que leve tempo, tendem a aquecer a economia e, consequentemente, a inflação. Mas as projeções para o IPCA de 2024 estão dentro da banda de tolerância. Campos Neto, ao que tudo indica, deverá encerrar sua trajetória no Banco Central neste ano como o que por mais tempo exerceu o cargo de presidente da autarquia. O que será da nova gestão do Banco Central é um debate que, aos poucos, deve ganhar relevância em 2024. Mas ninguém espera mudanças bruscas no modus operandi.

Exterior favorável?

Quanto ao cenário internacional, o próprio Banco Central tem admitido melhora. A maior fonte de otimismo vem dos Estados Unidos, que deverá iniciar o ciclo de corte de juros ainda no primeiro trimestre deste ano. A grande expectativa é de que o Fed deixe a porta aberta para iniciar a queda de juros já no discurso da primeira decisão do ano, no fim deste mês.

Para a decisão seguinte, de março, o mercado já precifica mais de 70% de chance de o Fed iniciar os cortes de juros. Até o fim de 2024, investidores precificam uma probabilidade de mais de 70% de os juros americanos, hoje entre 5,25% e 5%, caírem para baixo de 4%. Tudo isso sem que os Estados Unidos necessitem passar por uma recessão. Alto nível de empregabilidade, com maior consumo de serviços (em vez de bens) após um longo período de restrição pela pandemia, tem ajudado o Fed a alcançar o tão sonhado "pouso suave", com controle da inflação desacompanhado da contração econômica.

Mesmo com os juros em alta no ano passado, os principais índices de Wall Street fecharam 2023 em forte alta. O S&P 500 subiu 23% e o Nasdaq, com maior participação de big techs, disparou 44%, turbinado pelos avanços da inteligência artificial.

As principais projeções do mercado indicam que novas altas aguardam investidores neste ano. Para 2024, o consenso da FactSet é de que o S&P 500 feche acima de 5.000, o que ainda reservaria cerca de 6% de alta, mais que o juro pago pelo Tesouro americano.

As previsões são ainda mais otimistas para o Ibovespa, com analistas prevendo que o índice feche 2024 entre 141.000 e 160.000 pontos. As estimativas indicam, logo na largada, um potencial de alta entre 5% e 19%. Mas se para este ano as projeções são melhores, são menores os espaços para surpresas positivas. E o mercado é movido a expectativa.